Trailer final de "Coringa" busca a empatia entre o personagem e os espectadores - BetaQuest

Trailer final de "Coringa" busca a empatia entre o personagem e os espectadores

Foto: Reprodução

Menos de uma semana antes da estreia de “Coringa”, fomos agraciados com o trailer final do filme. Já adianto para aqueles que temem spoilers, que esse trailer não revela muito sobre a trama, apresentando apenas mais da incrível atuação de Joaquin Phoenix.

O vídeo mostra o personagem passeando por diversas personalidades, mostrando trechos da evolução de Arthur, até se tornar o clássico vilão dos quadrinhos.


O início do trailer já cria uma enorme empatia com o personagem. Dentro de um ônibus, Arthur faz caras e bocas com a intenção de alegrar uma criança, até que é repreendido pela mãe do garoto, que pede para o homem deixar seu filho em paz.

Isso acaba fazendo Arthur pedir desculpas e voltar a se isolar do mundo, como já visto no primeiro trailer.

Na próxima cena, ouvimos a gargalhada do protagonista que, após virar um corredor, transforma o seu sorriso em uma expressão séria e angustiante. A gargalhada sem dúvida é a clássica risada do palhaço do crime.

As características criadas por Joaquin Phoenix baseiam-se em um transtorno mental onde o indivíduo sofre de riso ou choro involuntário.

Enquanto vemos essa cena, podemos ouvir a psiquiatra de Arthur, já mostrada no primeiro trailer, dizendo que aquela seria a última vez em que eles se encontrariam.

Vale destacar aqui a expressão de Arthur, que no primeiro trailer parecia esconder algo e tentar forçar uma expressão alegre durante a consulta. Agora, parece estar confiante e sabendo qual o seu papel na sociedade caótica de Gotham.

Como resposta para a psiquiatra, ele diz que ela não o entende ao perguntar se está tendo algum pensamento negativo, já que todos os seus pensamentos são negativos.

Esse trecho parece retirado de uma parte mais avançada do filme, onde Arthur já teria descoberto “o Coringa”. Além disso, o personagem parece estar certo de que será alguém que poderá trazer um sentido para aquela cidade decadente.

Após isso, somos apresentados a um ambiente hospitalar, onde podemos deduzir que a mãe de Arthur, personagem aparentemente importante para a manutenção da sanidade do protagonista, está internada.

No quarto de hospital, Arthur assiste a um programa de TV em que Murray Franklin (Robert De Niro) usa um trecho do show de comédia do protagonista para humilha-lo, a fim de arrancar algumas risadas da plateia.

Foto: Reprodução

Nesse momento vemos um motivo para a raiva do Coringa e o trailer ganha um ritmo acelerado, mostrando algumas cenas que merecem ser destacadas.

Primeiramente, temos imagens de Thomas Wayne (Brett Cullen) passando em uma TV, juntamente com cenas do que parece ser um protesto com um cartaz dizendo “WE ARE ALL CLOWNS” ou “SOMOS TODOS PALHAÇOS” em tradução literal.

Isso acaba mostrando como o Coringa se tornaria uma pessoa pública, atraindo atenção, ganhando seguidores e que por algum motivo enfrentaria o pai do pequeno Bruce Wayne, o futuro Batman.

Depois, nos é apresentada novamente a personagem Sophie Dumond (Zazie Beetz), que seria o interesse amoroso do protagonista, num aparente desabafo com Arthur. Percebemos uma expressão doce por parte dele, quase como se dissesse que ela era alguém que realmente o entendia.

É então que vemos o surgimento do Coringa e o desaparecimento da sanidade de Arthur, com cenas onde ele se maquia e veste a roupa do vilão, se tornando algo que nunca imaginou. Nisso ele começa a sentir-se verdadeiro, real e apoiado, com algum propósito na vida.

Ainda vemos Arthur se encontrando com Thomas Wayne e apenas rindo, enquanto Wayne o responde com um soco. Vemos o caos que o palhaço do crime causou na cidade com todos seus seguidores, criando uma verdadeira revolução.

E por fim, vemos o Coringa ganhando seu nome ao se apresentar no programa do Murray Franklin, mesmo programa onde o apresentador humilhou Arthur anteriormente.

Com esse trailer é notável como o Coringa ganha uma nova releitura mais humana e plausível, onde, durante todo o filme, o espectador acaba se perguntando quem é o verdadeiro vilão ali, torcendo pelo protagonista tanto pelo seu carisma quanto pelas suas motivações.

Escrito por

João Paulo de Oliveira

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