Análise: Orange is the New Black - 7ª temporada (2019)
Foto: Uol |
Orange is the New Black teve início no ano de 2013 e gira em torno da personagem de Taylor Schilling, Piper Chapman, uma moradora de Nova Iorque, que é condenada à 15 meses de encarceramento em uma prisão federal, por tráfico de drogas. Piper participou com sua ex-namorada Alex Vause (Laura Prepon) de uma ação de um cartel de drogas internacional na época da faculdade.
A trama se inicia na premissa de uma jovem branca de classe média alta que decide pagar pelos seus crimes, porém a cada episódio que se passa são apresentadas novas personagens com histórias de vida mais instigantes que a outra, e se envolver com a série é uma tarefa deveras fácil. Após sete anos, a série chega ao final e os corações dos milhares de fãs ficam apertados.
A última temporada da série foi liberada na Netflix no final do mês passado, porém não poderíamos deixar de falar do final de uma das séries prisionais mais famosas da atualidade. Não só pela trama do dia a dia de uma cadeia feminina, mas pela complexidade das personagens.
Falando nisso, houve o fechamento do ciclo da maior parte dos personagens de forma sensível, bem explorada e realista. A criadora da série, Jenji Kohan, aborda as problemáticas de cada uma e faz emocionar até mesmo quem não acompanha a série.
OITNB não foi criada a intenção de mostrar a parte visceral do sistema prisional americano, pelo contrário, a intenção era humanizar as mulheres que estão nessa situação e mostrar com um texto refinado o drama vivido por cada uma delas. Os temas abordados são machismo, abuso, suicídio, corrupção e deixa críticas ferrenhas sobre preconceito e a situação política nos EUA em relação à imigração.
Assim que a Netflix liberou a série na plataforma de streaming, foi lançado o fundo para reforma do sistema prisional, que levou o nome de uma das personagens icônicas da série Poussey Washington.
Spoiler alert!
A personagem cativante e apaixonada de Samira Wiley, foi morta na quarta temporada por um dos guardas “bons” de forma acidental durante uma rebelião no refeitório, porém sua morte chocou os fãs de uma forma inexplicável. Isso, porque, a cena foi baseada num caso real ocorrido em 2014 com Eric Garner.O fundo Poussey Washington foi o escape das telas para a vida real, idealizado pela personagem de Danielle Brooks, Taystee, que percebeu que a única forma de evitar o reincidência das mulheres ao sistema prisional era lhes dando auxílio para sobreviver fora das grades.
Ter uma série que converse sobre estas problemáticas, que mostre a realidade e reflita melhorias para o sistema é de extrema importância para o mundo cinematográfico, e nós fãs sentiremos saudades de nos envolver e refletir sobre situações que parecem distantes do nosso dia a dia.
Orange is The New Black
7ª temporada (2019)
10
Enredo: 10
Visual: 10
Som: 10
Coerência: 10