Análise: Marvel's Spider-Man - DLCs The City That Never Sleeps (PS4) - BetaQuest

Análise: Marvel's Spider-Man - DLCs The City That Never Sleeps (PS4)

Foto: Divulgação/Sony

O que poderia ser melhor que uma DLC de Homem-Aranha? Três DLC's de Homem-Aranha, claro! A coleção Marvel's Spider-Man: The City That Never Sleeps, dividida em três capítulos, traz a continuação das pontas soltas deixadas intencionalmente em Marvel's Spider-Man, o mais recente (e incrível) game do Cabeça de Teia, que já analisei aqui no BetaQuest.

Tratando-se da continuação de um jogo tão bem feito e elogiado, as expectativas para a coleção eram altas. A história traz as respostas para a atuação da Black Cat, a máfia comandada por Tombstone e as atuações da Sable International.

E, mesmo com tanto potencial, uma coisa incomodou: as histórias são curtas. Cada uma das DLCs tem um enredo de aproximadamente 1h de duração, menos de um quarto do jogo original. Considerando o preço — pagamos praticamente o mesmo preço pelas DLCs que pagamos na base —, o custo-benefício não foi dos mais satisfatórios.

Relação de Spider-Man e Black Cat faz parte da primeira DLC / Foto: Divulgação/Sony
Cada uma das histórias apresenta novos inimigos para enfrentar, além de novas mecânicas de combate e desafios pela cidade. Entretanto, mesmo com as adições, o básico continua o mesmo: ondas de inimigos, com suas dezenas de adversários para derrotar.

A base se manteve a mesma, e alguns problemas também, talvez até potencializados. O principal deles, que incomoda bastante, é em relação à dublagem. Como já disse na análise do jogo base, a dublagem brasileira em si é muito boa, mas a sincronização e o volume dos diálogos deixa a desejar. O problema se repetiu ainda em maior escala nas DLCs.

Isso tudo sem falar também nas falas não traduzidas. Se na base, eventualmente encontramos um ou outro personagem aleatório pela cidade falando em inglês, dessa vez encontramos muitos. O trabalho de dublagem deixa a impressão de ter sido feito às pressas, se contarmos as falas não traduzidas e os problemas que citei acima.

Silver Sable: vilã ou aliada? / Foto: Divulgação/Sony
Mais um recurso que não nos cativou foram os desafios da Screwball: bater em inimigos e caçar bombas pela cidade enquanto posa para fotos é um tanto quanto maçante depois de um tempo.

O desenvolvimento dos desafios não incentiva o jogador a continuar. Ao contrário, ele mostra que a personagem só quer atenção (o que não deixa de ser uma verdade). Screwball parece uma personagem jogada no meio do game, sem antecedentes, motivações e carisma. Ela só serve para te deixar irritado mesmo.

Outros bugs surgiram em relação à jogabilidade. Inimigos que desaparecem, outros que surgem do além ou atravessando objetos sólidos. No geral, toda a DLC parece ter sido entregue correndo, sem um pente fino para corrigir os defeitos evidentes.

O enredo é bom, mas não perfeito. Seria possível apresentar antecedentes e justificativas melhores para embasar a história. Mas, de uma forma geral, é bom.

Para concluir, as DLCs não são ruins — o fechamento da história, por exemplo, é muito bem construído. Contudo, considerando os bugs e o preço — tanto para baixar em partes ou para comprar a coleção completa — o custo-benefício não agrada. Vamos ver o que a Sony prepara para o Spider-Man em breve. Lembrando que a empresa comprou a Insomniac, desenvolvedora do game!

Marvel's Spider-Man - DLCs The City That Never Sleeps

Insomniac Games (2018)



8.8


Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Diversão: 10
Som: 8

Revisado por:

João Pinheiro

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