Os 11 consoles mais estranhos já criados - BetaQuest

Os 11 consoles mais estranhos já criados


Em 1950, foi criado Bertie The Brain, considerado o primeiro videogame da história. Desde então foram vários lançamentos, sendo alguns bem sucedidos e outros nem tanto. Confira nessa lista os consoles mais excêntricos já lançados:

Action Max

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Foto: Divulgação
Os consoles convencionais normalmente leem dois tipos de mídias: os cartuchos e os discos ópticos, como DVDs e Blu-ray. Como esta lista é sobre consoles exóticos, claro que este aqui seria diferente, né? O Action Max inovou ao utilizar as fitas cassete para seus jogos; porém, ainda era necessário um aparelho de videocassete separado para o aparelho.

Para utilizá-lo era preciso conectar um pequeno sensor vermelho no canto da tela da televisão, que fornece um ponto de referência para o controle, uma arma de luz que funcionava com o console. Apenas cinco jogos foram lançados durante toda a trajetória do aparelho, todos jogados exatamente da mesma maneira.

As fitas de jogos, na realidade, eram simples fitas de vídeo. Ou seja, errando ou acertando, nada muda na tela, e o jogo só acaba quando a fita atinge seu fim. Quando as crianças perceberam isso, a demanda pelo Action Max rapidamente despencou.

Apple Bandai Pippin

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Foto: Divulgação

Sim, a Apple já tentou adentrar no mercado de videogames. Em 1996 a empresa da maçã mordida uniu-se à Bandai para produzir um híbrido de computador e console, com base em um Macintosh modificado. Entretanto, a dupla-função do aparelho barrava no controle: não havia teclado, apenas um joystick chamado de AppleJack. Além disso, o equipamento custava o dobro do PlayStation (600 dólares, contra 300 do console da Sony).

Depois do naufrágio nas vendas, a Bandai se fundiu com a Namco, gigante dos jogos de fliperama, enquanto a Apple nunca mais entrou na indústria de games.

Game.com

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Foto: Duke Nukem Wiki

O Game.com até vinha com algumas funcionalidades bacanas. Tinha tela sensível ao toque, caneta stylus, calculadora, calendário, catálogo de endereços e até conexão paga à Internet, caso esteja conectado a um modem, embora só fosse possível ler textos em sites, acessar e enviar e-mails, tudo em preto e branco e em uma velocidade de 14,4 kbps. Essas funcionalidades foram melhoradas e incluídas mais tarde nos portáteis da Nintendo.

Seus comerciais foram planejados como sátiras dos maiores anúncios de videogame da época, mas ninguém entendeu a piada e eles pareceram absurdos e ofensivos. Os anúncios tiveram mais sucesso em afastar as pessoas do que em torná-las interessadas, fracassando nas vendas.

Mattel Hyperscan

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Foto: GiantBomb

Aberto, o Hyperscan tem um visual maneiro. Fechado, parece uma sanduicheira high-tech. O console foi lançado em 2006, custando apenas 70 dólares. O sistema teve apenas cinco jogos em seu curto ano de existência, que eram em formato de cartões, escaneados pela máquina.

A ideia era vender cartões adicionais para conceder melhorias aos jogadores dentro dos jogos, uma prévia das microtransações de hoje em dia. Além disso, o console era movido a pilhas, coisa pouco comum para um console fixo.

N-Gage

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Foto: The Drum

Hoje em dia os smartphones reúnem em si vários atributos, como telefonemas, jogos, acesso à Internet e despertador. Isso ainda era um sonho em 2003, quando a Nokia lançou seu console-celular, o N-Gage.

A ideia era boa, de fato, mas a execução foi péssima. Era necessário, por exemplo, remover a bateria do dispositivo para trocar de jogo. Além disso, o arranjo descuidado do alto-falante resultava em colocar o telefone de lado no ouvido.

Nintendo Virtual Boy

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Foto: Showmetech

Apesar do preço, podemos dizer que hoje a realidade virtual já é – com o perdão do trocadilho – uma realidade no mundo dos games. Porém, a ideia não era muito compreendida em 1995, quando a Nintendo lançou o seu maior “fracasso” comercial: “apenas” 800 mil unidades vendidas.

Entretanto, o console também não colaborava. Teve apenas 22 jogos em toda a sua vida, sendo que o sistema só comportava duas cores: preto e um vermelho muito forte, que podiam causar dores de cabeça.

Pioneer LaserActive

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Foto: Old School Game Boy

O Laser Disc nem chegou a ter distribuidor oficial no Brasil. Então é compreensível que você não conheça o antecessor do nosso CD. Porém, empolgados com aqueles discos de face colorida, a Pioneer lançou-se no mercado de videogames com o LaserActive, que custava a bagatela de 970 dólares.

Também era vendido um “pacote de controle” que permitia jogar games de Sega Genesis e TurboGrafx-16 no aparelho, que custava 600 dólares cada. Ou seja, para aproveitar todo o potencial da máquina, o consumidor teria que desembolsar 1570 dólares. O preço aliado à queda vertiginosa dos LDs culminaram na baixa tiragem do produto: apenas 10 mil unidades.

Telstar Arcade

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Foto: DiamondMiner Studios Wikia








Hoje, o design padrão de um console de videogame – uma caixa com controladores separados e um slot para conectar a mídia – mas nem sempre foi assim. Vide o exemplo do Telstar Arcade, lançado em 1977.

O console foi a junção de treze dispositivos diferentes da Coleco, reunindo volante e câmbio de marchas, pistola de luz e coldre, e uma série de controles para jogos do estilo pong. Parece bacana, mas ficar girando o equipamento não era nada divertido.

The Epoch Cassette Vision

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Foto: Wikimidia

Muitos dos consoles desta lista têm algo de interessante, mas não é o caso do Epoch Cassette Vision. Sua principal característica é negativa: os controles são embutidos no aparelho, o que significa que os jogadores, quando sozinhos, tinham que segurar o console todo para poder jogar. 

Quando em dupla, a máquina teria de ficar entre os dois jogadores, ambos tortos, já que o controle está de lado e a televisão de frente. Talvez fosse bacana dar petelecos na mão do seu amigo quando estivesse perdendo, afinal de contas.


The Vectrex

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Foto: Polygon


Conforme vimos no N-Gage e Virtual Boy, às vezes a inovação muito precoce acaba causando problemas. O Vectrex tinha seu próprio monitor, mas não era capaz de transmitir cores. Para driblar essa dificuldade, alguns jogos eram vendidos em conjunto com vários plásticos coloridos, a fim de serem encaixados na tela do console.

O controle tinha um único joystick e quatro botões, todos dispostos em fila. Além disso, houve também acessórios para o console, como óculos 3D e uma caneta para desenhar na própria tela, como a stylus do Nintendo DS.

View-Master Interactive Vision

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Foto: Wikimidia

Não, o Action Max não foi o único a apostar em videoteipes. A View-Master Ideal Group acreditou no mercado e anunciou, em 1988, o View-Master Interactive Vision, um console de design discutível com controle mais discutível ainda, talvez pelo seu público-alvo ser crianças muito pequenas. 
Entretanto, o console teve um diferencial em comparação com seu antecessor: neste havia a possibilidade de fazer escolhas durante os vídeos, intercalados por pequenos arcades. Além disso, a música do jogo mudava a cada botão apertado.

A empresa conseguiu licenças para produzir jogos baseados nos Muppets, Vila Sésamo e vários personagens da Disney. O console, inclusive, era acompanhado de uma fita chamada Disney’s Arcade. Apesar disso, o console não vingou e hoje a empresa faz sucesso produzindo brinquedos voltados a crianças deficientes.


MATEUS CONTE

Mateus Conte é estudante de jornalismo na Unesp de Bauru e prefere ver gameplays do que jogar os videogames.
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