Análise: Oxenfree vai te fazer duvidar de tudo e de todos
Foto: Reprodução |
Você está disposto a colocar a sua sanidade em prova? Pois
saiba que Oxenfree vai te fazer questionar o que é real ou não!
Desenvolvido pelo estúdio Night School, o jogo chegou para
as plataformas Windowns, Mac, Xbox One, PS4 e Linux. Só no ano seguinte ele
chegou para Switch e plataforma mobile. Uma aventura gráfica e mistério sobrenatural,
Oxenfree conta a história de Alex, uma garota adolescente que vai passar um
final de semana em uma ilha local e bastante sinistra.
A viagem tinha tudo para ser um encontro de Alex com seus amigos, depois da morte do irmão mais velho da menina e chegada do seu meio-irmão, mas acontecimentos sobrenaturais jogam a turma em uma aventura para desvendar os segredos da ilha em que se encontram.
Como primeiro jogo da companhia, Oxenfree tem grandes influências dos filmes clássicos de adolescentes, sempre valorizando o amadurecimento dos protagonistas.
Oxenfree é um jogo simples com uma narrativa profunda, tanto que os desenvolvedores focaram em uma história sem cutscenes, que permite ao jogador andar livremente pelo ambiente e explorar todo o mapa. Além disso, as narrativas são em inglês e não oferecem legendas ou dublagens.
Além disso, para agregar ainda mais ao conjunto da obra, o jogo conta com elementos visuais sombrios, orgânicos e analógicos, com muitas formas brilhantes, geométricas e digitais. Por fim, a música segue a pegada tecnológica e sombria.
Foto: Reprodução |
Mas todos esses fatores constroem a história de Oxenfree, que talvez seja uma das mais criativas dos jogos.
Um vórtice temporal
A história de Oxenfree trabalha com a temática sobrenatural dentro da ilha. Após Alex entrar em uma caverna, a menina e seu meio-irmão são jogados dentro de um vórtice temporal dentro da própria ilha.
De cara, achei que estava lidando com ET's devido aos elementos psicodélicos e tecnológicos do jogo. Contudo, ao longo da narrativa, temos que salvar os amigos da protagonista de possessões e entender como sair da ilha, a partir da história do lugar. Assim, percebemos que os vilões da história são mais parecidos com espíritos do que outra coisa.
Com uma narrativa bastante complexa, a jogabilidade dificulta um pouco o desenvolvimento do jogo. Isso porque a ideia de deixar o jogador livre pelo mapa faz com que perdamos uma boa meia-hora até entender o que devemos fazer.
O sentido de deixar livre é levado no pé da letra, pois o jogo não dá muitas dicas do que você tem que fazer. E se o jogador empacar em um momento da história, tem que se virar para descobrir o que fazer.
Foto: Reprodução |
Ainda assim, a narrativa de Oxenfree é insanamente divertida e enigmática, trabalhando com o tema dos vórtices temporais. Existe um momento no jogo que você não sabe mais em qual realidade se encontra, se tudo é verdade ou mentira.
Os personagens tem histórias profundas e problemáticas, mesmo sendo os padrões de adolescentes americanos.
Por fim, Oxenfree te leva para uma viagem entre realidades, com uma história onde seu relacionamento entre os personagens pode gerar finais diferentes. Ainda assim, a história se mantém com algumas pontas soltas e acaba deixando uma vontade de "quero mais".
Oxenfree
Night School (2016)
8.5
Gráficos: 9
Jogabilidade: 8
Diversão: 9
Som: 8