Além do casual: Texugods revela a rotina de uma equipe de eSports universitária - BetaQuest

Além do casual: Texugods revela a rotina de uma equipe de eSports universitária

Equipe da Texugods/ Foto: Divulgação
Como surgem as equipes de eSports? Como treinam? O que comem? Como vivem? Essas e outras perguntas, agora, no BetaQuest.

Jogar um LOLzinho ou CS em casa pode ser de boa. Aliás, quem nunca se sentiu o melhor pro player do mundo? (eu já!). Contudo, quando entramos no campo dos eSports, tudo muda. Isso porque a rotina das equipes é muito diferente. Como qualquer esportista, é necessário muito treinamento e empenho.

Para conhecer um pouco sobre o dia a dia de uma equipe de eSports, conversamos com a Texugods, time da Unesp de Bauru.

Texugos no mundo virtual

O time foi criado em agosto de 2017, com o objetivo de disputar a edição da Copa LIEU (campeonato de eSports do InterUnesp).

Conforme o tempo foi passando, o Texugods passou por mudança e agora o objetivo é ser um time top tier no cenário universitário. Foram percebendo como o campus de Bauru contava com jogadores de alto nível. Dessa forma, surgiu a necessidade de organizar melhor a equipe e começar um treinamento de alta performance!


Atualmente o time conta com 23 pessoas, entre jogadores de LOL, CS e Staff. São tricampeões da Copa LIEU, ganharam o primeiro campeonato de LOL do TUFSCAR e foram campeões da primeira edição da Noobz Experience de Marília!

Foca nos games

Para levar os títulos para casa, a equipe contou com muito treinamento, e é isso que conta Koki, ex-jogador e atual parte do conselho da Texugods.

Muitos ainda acham que os eSports são apenas entretenimento, mas como realmente é o processo de preparação? Você fazem treinamento? Como é?

Koki: A principal diferença entre uma performance profissional e entretenimento está na seriedade e esforços depreendidos na atividade. Nós temos uma rotina de treino, buscamos partidas amistosas contra outros times do cenário e também times amadores aspirantes a profissionais, para praticarmos contra jogadores do mesmo nível. No treinamento, testamos diversas estratégias e composições, também procuramos sempre estudar os oponentes e possíveis oponentes dos torneios seguintes, para analisar e estudar o seu estilo de jogo, trazendo uma resposta adequada para cada time enfrentado.

Rola aquele nervosismo quando vocês vão competir? Como lidam com isso?

Koki: Sempre rola um pouco, não tem como né? Principalmente porque costumamos enfrentar oponentes muito fortes. Nós sempre entramos com a mentalidade de que temos potencial para enfrentá-los no mesmo nível, e mantendo o foco nas táticas estudadas e ensaiadas antes do jogo.

Foto: Divulgação Texugods
E qual é a sensação quando você estão jogando?

Koki: Não sei se posso dizer pelo time inteiro, mas a sensação que eu tenho, é a de estar muito vivo quando estou jogando presencialmente. É um momento que estamos muito atentos naquilo que estamos fazendo. Cada clique, cada tomada de decisão e cada jogada podem definir o rumo inteiro de um jogo. Jogamos com times muito bons e experientes, que sabem aproveitar cada erro e passo em falso nosso, então a tensão e a adrenalina tomam conta dos nossos corpos e mentes durante a partida, pois é o momento de estarmos 100% focados. Criamos um sentimento muito forte de confiança e cumplicidade com os companheiros de equipe, pois assim como em todos os esportes, não apenas nos eletrônicos, o campo é um ambiente muito hostil, então também acabamos reforçando muito essa parceria nesses momentos.

O que é mais legal em fazer parte de uma equipe de eSports universitários?

Koki: Principalmente o networking. Por muito tempo os jogadores de jogos eletrônicos foram taxados como nerds, alvos de chacotas e etc. É muito bom conhecer um meio com tantas pessoas que são apaixonadas por eSports e tem um nível de habilidade e conhecimento tão aprofundados quanto os nossos. É uma quebra de estereótipos, porque temos um preconceito de que os gamers são antissociais e retraídos, mas no cenário, conhecemos pessoas super simpáticas, solícitas e que também adoram aquela balburdiazinha que todo universitário curte!

Texugos, avante!

Agora, para o futuro da equipe, a ideia é a estruturação de todas as frentes necessárias para a organização de um time. Isso porque, até o momento, o Texugods é composto apenas por jogadores. E equilibrar toda a demando do time junto da graduação pode ser um pouco complicado.

Com mais pessoas, o Texugods será divido em marketing, eSports, financeiro, manager e coach. Para isso, o time está passando por seletivas. Serão aceitos jogadores da Unesp de Bauru, de todos os cursos do campus.

As vagas estão abertas tanto para áreas administrativas quanto para jogadores. Inclusive, o Texugods estão abrindo vagas para novos jogos como Heathstone, FIFA e Clash Royale!

A equipe está em busca de novos jogadores / Foto: Divulgação
"Nós sabemos que temos a habilidade e o potencial para sermos um time top tier do cenário universitário, e pretendemos fornecer as melhores condições possíveis para que os nossos jogadores alcancem esse objetivo!", comenta Koki.

Para os unespianos que curtiram a ideia e quiserem participar, basta acessar o Facebook ou Instagram da equipe e buscar pelo formulário de inscrição.


GABRIELA GOMES

Uma menina com a cabeça nas nuvens e os olhos em uma página de livro. Odeia matemática, mas encontra na leitura a equação que completa sua vida. Ama boybands e séries sobrenaturais. Geminiana, jornalista, Unesp, Lufa-Lufa.
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