 |
Foto: Divulgação/UFSCar |
Quando o assunto é esportes acadêmicos, as universidades brasileiras mostram o seu espaço. E não é só de futebol, atletismo e basquete que se vive uma atlética! Desde março de 2017, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) conta com uma entidade ligada a Atlética Acadêmica da universidade que representa os jogos digitais no campus.
Ao todo são 80 membros que participam da
UFSCar Fire, sendo atletas,
coach,
staff e diretores! Além disso, existem oitos games praticados pela entidades, dentre eles:
League of Legends (com equipes mistas, uma equipe feminina e players da Team Fight Tatics),
CS:GO,
Hearthstone,
Clash Royale,
FIFA 20,
Overwatch,
Dota 2 e
Six Siege.
Para conhecer um pouco mais sobre a UFSCar Fire, a equipe do BetaQuest conversou com a entidade para saber mais sobre o dia a dia de uma equipe acadêmica dentro dos eSports. Confira:
Como surgiu a iniciativa de criar esse grupo?
UFSCar Fire: A iniciativa surgiu através de alunos das engenharias de materiais, mecânica, química e computação, que tinham como objetivo unificar os times já existentes dentro desses cursos e assim montar um time com nível competitivo para disputar campeonatos dentro do cenário universitário de
eSports que na época estava começando a surgir.
 |
Foto: Divulgação/UFSCar Fire |
Vocês têm ideia de quantos campeonatos já participaram? E quantos venceram?
UFSCar Fire: Desde 2017 foram cerca de 20 torneios ou mais, alguns torneios são regulares e bem tradicionais como Torneio Universitário de E-Sports - TUES e a Liga Universitária de E-Sports - LUE. Colecionamos cerca de
14 títulos entre as modalidades existentes na Fire. Entre os mais recentes nesse segundo semestre de 2019 estão 1º Lugar na modalidade de Overwatch no Campeonato Paulista Universitário de e-Sports 2019 - CPUE, onde também levamos o 1º e o 2º Lugar no FIFA19, além do 2º Lugar na modalidade de Hearthstone, e nesse último mês de outubro ganhamos 1º Lugar no CS:GO e no FIFA19 na Liga Universitária de E-Sports - LUE.
 |
Foto: Divulgação/UFSCar Fire |
Como foi a receptividade de criar um projeto de eSports dentro da universidade?
UFSCar Fire: Apesar de uma grande parte da comunidade ainda desconhecer a existência da Fire dentro da universidade, o que é compreensível já que somos
multicampi. Mesmo assim, temos um público bem legal que acompanha e torce pela gente, além do apoio da Atlética de Esportes convencionais, o que é muito importante para o amadurecimento da Fire dentro da universidade. No geral, a comunidade
gamer da UFSCar vem reconhecendo nosso trabalho e acompanhando de perto, o que é muito gratificante.
Para vocês qual a importância de estimular os eSports desde o universo acadêmico?
UFSCar Fire: Acho que a comunidade
gamer era um pouco esquecida dentro da universidade. Existe a galera que curte futebol, vôlei, natação, mas também existe a galera que gosta de ficar em casa jogando League of Legends e são extremamente bons nisso, e tínhamos uma carência enorme em absorver e incentivar essa atividade. Não só para formar um time competitivo, mas também para reunir a galera do joguinho e formar uma família/comunidade, um lugar onde eles se sentiriam à vontade para treinar e falar sobre os games que tanto gostam, e por muitas vezes ter um ambiente assim onde conseguimos acolher esse pessoal é o que faz a diferença na hora de enfrentar anos de faculdade longe de casa em uma cidade nova, com tudo novo.
 |
Foto: Divulgação/UFSCar Fire |
Vocês possuem alguns patrocinadores, foi difícil encontrar marcas que quisessem apoiar os jogos eletrônicos?
UFSCar Fire: Atualmente possuímos dois patrocinadores. Foi um pouco difícil de encontrar empresas e marcas que confiassem e entendessem algo tão novo como
eSports na nossa cidade. Apesar de, com certeza, estarmos entre os
top 3 times universitários do Brasil, é bem difícil conseguir apoio.
 |
Foto: Divulgação/UFSCar Fire |
Como vocês veem o mercado do jogos eletrônicos e dos eSports dentro do Brasil?
UFSCar Fire: É o mercado em ascensão, os eSports já são uma grande febre mundial, e aqui no Brasil não é diferente. Podemos acompanhar o desenvolvimento desse fenômeno chamado eSports ano após ano, criando carreiras como
streamer, atletas, narradores,
coach, etc. O mercado é imenso e só tende a crescer mais e mais.
 |
Foto: Divulgação/UFSCar Fire |
Bora um Lolzinho?
Para quem é da UFSCar e curtiu a iniciativa da Fire, não deixe de ficar ligado nas seletivas das equipes.
A primeira seletiva acontece no primeiro semestre do ano, durante a recepção dos bixos. A segunda seletiva, mais específica para algumas modalidades, acontece no segundo semestre.
Para acompanhar as datas da seletivas e as equipes, siga a UFSCar Fire no
Facebook e
Instagram
GABRIELA GOMES
Uma menina com a cabeça nas nuvens e os olhos em uma página de livro. Odeia matemática, mas encontra na leitura a equação que completa sua vida. Ama boybands e séries sobrenaturais. Geminiana, jornalista, Unesp, Lufa-Lufa.